sábado, 15 de março de 2014

Afastando por um tempo

Hoje venho escrever um texto que estou devendo desde ano passado porém só agora pude vir até o blog.
Como sabem este blog  é administrado diretamente por mim  pois está registrado como IP do meu computador e no endereço eletrônico que utilizo para manter mais três blogs pessoais , justamente por isso sinto a necessidade de vir até aqui comunicar que até novembro deste ano não estarei mais postando assuntos ligados diretamente à APAE Anitápolis pois estou afastada até o referido mês em licença maternidade, férias e licença prêmio. Utilizarei o blog neste tempo para  publicar textos relacionados à educação especial e deficiências mas  somente em caráter de compartilhamento e informação.
Aproveito para agradecer à todos que durante este tempo em que estive na direção colaboraram quer de uma forma quer de outra com a APAE, sem a ajuda de todos não seria possível manter nosso trabalho. Foram anos que valeram a pena, não digo que sem problemas, mas com uma excelente equipe que mesmo quando haviam desentendimentos em caráter pessoal não deixou de realizar seu trabalho,onde a colaboração da comunidade foi de suma importância. Realizamos aquisições materiais, mas a maior aquisição foi a experiência  adquirida. Agradeço a cada doação, seja de alimentos, de bens, de tempo e serviços voluntários.
Obrigada à todos.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

FECHAMENTO DAS APAES

Muitos são os comentários postados nas redes sociais sobre o fechamento das APAEs até 2018. Mas o que gerou esse  movimento?
Trata-se  da Meta 04 do Plano nacional de Educação, (Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos(às) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino e garantir o atendimento educacional especializado nas formas complementar e suplementar, em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
Essa meta já foi apresentada com dois textos diferentes, neste citado com a palavra "preferencialmente", em outro sem esta palavra.
Mas o que realmente vem ao caso?
Em todas as apresentações da meta se trata a educação especial somente na faixa etária considerada idade escolar, ou seja, do quatro anos completos até os dezessete anos completos (lembre aqui que dezessete anos e um dia já saí do texto). Ok, somos favoráveis a inclusão, por anos lutamos para isso, mas vamos com calma, e onde ficam os alunos que ultrapassem esta faixa etária?
Aqui o primeiro medo das APAEs, extinguindo-se o atendimento dentro das faixas escolares de idade existe o risco de findar os convênios que mantem as Escolas Especiais mantidas pelas APAEs e outras (Pestalozzi, por exemplo), findando este  convênio quem se responsabilizaria pelo atendimento aos educandos acima de 17 anos e abaixo do 04?
Abaixo de 04 anos não há obrigatoriedade de ensino, mas quem tem um mínimo de conhecimento em atendimento de pessoas portadoras de necessidades especiais sabe que a estimulação precoce é algo fundamental para o desenvolvimento de habilidades que vão fazer toda a diferença na vida desta criança.
O que se houve são afirmações do tipo: as APAEs não vão acabar! Mas existe um outro detalhe por detrás desta questão: as APAEs são associações, manter elas não significa manter as Escolas Especiais, afinal temos exemplos de municípios onde existem APAEs mas não existem escolas mantidas por elas.
Transformar escolas especias em centros de atendimento especializado, onde se daria apenas atendimento técnico (fono, físio, neuro, etc.) é uma das hipóteses, mas não podemos esquecer que terminando os convênios que garantem a contratação de professores não seria mais possível o atendimento em períodos fechados, funcionaria como uma centro técnico, o aluno viria para a APAE (já não escola especial) para receber atendimento técnico e somente.
Seria necessário um ponto de equilíbrio nesta questão, manter-se as Escolas Especias em contra turnos ao ensino regular, o que deve ser função dos SAEDEs, onde o professor da Educação Especial vai acompanhar o aluno e orientar o que for necessário e em contra turno vai reforçar o ensino suprindo necessidades especiais do indivíduo. Lembre-se aqui que as APAEs só possuem SAEDE quando diagnosticado deficiência mental moderada a severa, pois de leve a moderada já não há atendimento nas escolas especiais.
Nos casos de alunos acima da idade escolar também não há o que se pensar em simplesmente deixar de existir o atendimento pedagógico.
O que não podemos permitir é que se exclua do atendimento esta parcela da população que muitas vezes tem na Escola Especial o único momento de convivência social. Não podemos pensar em retroagir à um tempo em que o deficiente ficava oculto.
De modo algum somos contra a inclusão, o que não que não queremos é que daqui a alguns anos voltemos a ter aquele cenário de mais de meio século atrás onde quem tinha um deficiente na família terminava por não trazê-lo à luz da sociedade.
Antes de pensar em colocar todos na Escola Regular como uma obrigatoriedade temos de analisar se estas mesmas escolas estão preparadas para atender o aluno com DMM (deficiência múltipla onde a DM seja severa), porque não podemos simplesmente colocar estas crianças numa sala de aula sem que haja o compromisso de manter-se toda a atenção em suas AVDs (atividade de vida diária), incluindo alimentação adaptada quando precisopois muitos só conseguem fazer a alimentação com alimentos líquidos ou pastosos, outros por sonda, troca pois em vários casos não há controle de esfincteres, cuidados com postura nas cadeiras de roda, adaptação de material didático conforme a necessidade individual de cada um, acessibilidade nos ambientes, sendo instalação de rampas, banheiros com adaptações, largura de portas, espaço entre carteiras, barras de locomoção, disponibilidade de um profissional exclusivo para um número "x" de cadeirantes, enfim, todo um contexto apropriado para que esta inclusão não se torne com o passar do tempo numa "exclusão mascarada".
O que tenho por "exclusão mascarada"? Simples, o aluno está incluso na sala de aula, não no grupo ou no contexto social, porque de nada vai adiantar colocar a criança ou adolescente dentro de uma sala para constar como um número, é preciso que esta inclusão se dê dentro de todo o processo. Incluir não é o mesmo que integrar, colocar alguém em um ambiente é fácil, difícil é fazer com que este alguém seja parte real deste ambiente. O que não queremos é perceber daqui a um ano, ou mais alguns, que cometemos um grande erro. Incluir sim, mas com a consciência de que para isso necessitamos de adaptações e de flexibilidade ao analisar os casos.
Não queremos que nossas crianças com deficiência mental severa com outras deficiências associadas sejam proibidas de frequentar as APAEs para serem colocadas dentro do Ensino Regular para amanhã ou depois serem excluídas de lá e não terem mais um ponto onde a família buscar ajuda, atendimento técnico e pedagógico.
Não queremos que esta meta 04 dê margem para cortes nos orçamentos e cancelamento de convênios que venham a extinguir aos poucos as APAEs e que com isso nossos alunos idosos, ou jovens adultos fora da idade escolar fiquem sem atendimento.
Quem conhece o trabalho das APAEs sabe que muitas famílias tem nas escolas especiais o único momento em que podem ter seus filhos ou familiares inclusos em um ambiente que não seja o único e exclusivo retiro do lar.
Pensem na rotina de quem vive por anos, décadas, acompanhando uma pessoas e que vê esta pessoas presa ao lar sem uma oportunidade de ter um ambiente diferenciado para frequentar?
Pense em sua própria vida preso à uma cadeira de rodas, com seu cognitivo prejudicado, somente dentro de casa, sem sair, sem ver novos rostos, sem interagir com ninguém mais!
O deficiente é um membro da sociedade, e a escola especial é uma instituição de fins sociais...
Pensem bem, e julguem se a extinção das APAEs é realmente algo que vai contribuir com a inclusão! Ou será uma forma de excluir com palavras floreadas?
Inclusão é um direito do cidadão e um dever do Estado! Mas a inclusão consciente e acima de tudo com responsabilidade.
Alegam que não há o fechamento das APAEs com a meta 04, realmente, não há um fechamento imediato, porém há o congelamento de matrículas (e não só na educação especial, mas na Educação Infantil de 00 a 04 anos), o que ao longo de poucos anos gera o fechamento. É óbvio a analise, sem matrículas não haverá clientela, sem clientela não haverá APAE.
Que fique claro, os profissionais da educação especial não são contra a inclusão, mas sim são favoráveis a inclusão responsável.
Vamos lutar para manter as APAEs em funcionamento!



quinta-feira, 4 de abril de 2013

Autismo, na real... você sabe o que é???

O Enigma das Cartas, título original "casa de cartas", já assistiu este filme? Foi o meu primeiro contato com o autismo.
Depois que comecei a trabalhar na Educação Especial e mesmo antes quando meu sonho era estudar a mente humana através da psiquiatria ou da psicologia muito li sobre o assunto, mas até hoje jamais consegui uma conclusão ou uma opnião definitiva.
Tenho curso em método Teach, uma forma de trabalhar com o autismo por agenda mas muito Skinner se me entendem.
O autismo não tem ainda, mesmo que por longos anos tenha sido pesquisado e especulado, uma causa definida. Especulou-se que á vacina tríplice seria sua causa por ser aplicada por volta da época em que surgem os traços da síndrome, mas nada foi comprovado. E quando surge a síndrome? Ela vem sendo percebida entre oito meses e dois anos de idade, o que nos leva a ouvir inúmeras vezes dos pais a frase já clássica: "ele era normal até oito meses".
O autista tem uma caracteristica bem marcante; ele jamais se trata na primeira pessoa e sim sempre na terceira pessoa do singular. (ex.: A fulana (ele mesmo) foi.)
O autismo é uma sindrome de incidência 80% masculina, o que leva muitos a supor que possa ter alguma realçaão com o cromossomo X, porém nada comprovado.
Você irá ouvir falar em "vários" autismos: West, Asperger, Rett,  Optiz entre outras sindromes de espectro autístico.
Durante muito tempo usou-se caracterizar os autistas como protadores de psicose infantil, porém hoje sabe-se que são coisas distintas, porém podem ocorrer ambas em um único indivíduo. O que leva a essa confusão diagnóstica é o fato do autista ser indiferente aparentemente e muitas vezes agir com certa friesa.
O autista é muitas vezes também confundido com o hiperativo, por sua agitação extrema.

Autismo, como reconhecer

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Natal com reciclagem

 Estamos aproveitando para apresentar para vocês o Natal com reciclagem, feito pela APAE em colaboração com os amigos do facebook que nos doaram material.
Lembrando sempre que reciclar é além de criativo um estímulo para a preservação ambiental
.
Não é possível citar cada nome que tenha ajudado através das mensagens do face, mas fica o agradecimento especial á toos que colaboraram.
Lembrando que a árvore de garrafas peti ainda está sendo montada e breve estará aqui para vocês conhecerem, afinal tem um pouquinho de cada um nos trabalhos.
obrigada!












quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Ainda Prestando contas

Para conhecer melhor a forma como é feita a adiministração financeira, pessoal da APAE é necessário conhecer os convênios que beneficiam a APAE.
Temos um convênio mensal de R$ 2.000,00 com a prefeitura unicipal e um de R$321,00 com a Asistência Social, do Fundo Social entram bimestralmente uma quantia variável, que ocila em aproximadamente R$ 2.500,00 mensais (as vezes pouco menos, as vezes pouco mais).
Nosso quadro mantem dois funcionários com carteira assinada, dois prestadores de serviço, o que nos dispende aproximadamente  R$2.450,00 mensais incluindo PIS-GPS-FGTS, nossos professores e diretora não dispendem despesas à APAE pois são cedidos pelo Estado.
Mantemos dois carros, um Fiat novo uno, ano 2011 e uma Kombi ano 1999/2000. Destes carros o fiat faz o itinerante, atendendo nas comunidades de Alto e baixo Rio do Sul, Vila Nova, Barra Gaspar, Povoamento, Rio Salto, faz também as viagens para fora do município quando necessário, o atendimento itinerante é quinzenal, dividido em três grupos de comunidades, a Kombi faz o itinerário diário, atendendo Rio do Ouro, Vila Nova, e centro, o que nos dispende gastos com combustível, manutenção dos automóveis, documentação anual.
A APAE mantem a escola Especial Sueli Bepler, que atende vinte e nove alunos, mais dois atendimentos técnicos, por não ter vinculo com ensino regular (SAEDE) não recebe verba do FNDE, nem qualquer verba de alimentação, destes vinte e nove alunos oito usam fraldas geriátricas, um ainda tamanho infantil, que são fornecidas pela escola no período em que eles estão conosco.
Temos despesas com alimentação, higiene pessoal dos educandos (shampoo, sabonete, fraldas, absorventes), higiêne de prevenção com os funcionários (luvas de latex, alccol gel), higiêne de manutenção de saúde pessoal( toalhas  de papel nos banheiros, sabonete líquido nas pias), higiêne ambiente (material de limpeza em geral, sabão em pó, amaciante,água sanitária, detergente, etc ) fornecemos água mineral para o consumo da escola conforme o correto. Fornecemos material de artesanato, didático e informativo (revistas semanais), mantemos uma linha telefônica com internet, pagamos a energia elétrica(esta com a colaboração da população que cobre entre 80 a 100% do valor conforme o mês).
Fazemos campanhas através da internet e via população onde adquirimos roupas que entregamos às famílias, este ano recebemos algumas cestas básicas que foram distribuidas também entre alguns educandos (pois não recebemos número suficiente para atender todos), temos a colaboração sempre pronta do Dr. Abelardo para atender psiquiatricamente nossos educandos, e de várias outras pessoas, membros da Associação ou não.
Desta forma vamos sempre buscando melhorar nosso trabalho. Infelizmente não podemos atender todas as demandas sempre que necessário, mas buscamos sempre na medida do possível realizar nosso trabalho.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Balanço patrimonial, aquisições e conta aplicação




Vimos por meio deste zelar pela transparência de nossa Instituição, estamos apresentando aqui o balanço Patrimonial, o balancete econômico que foi feito no final de 2011 como reza a lei.
Apresentamos aqui também o extrato de nossa conta aplicação, onde está o dinheiro do bazar, que como citamos anteriormente chegou a cerca de R$80.000,00, deste montante já realizamos pagamentos, adiquirimos bens para a escola, (teve tela plana, Computador completo, impresssora com fax, material didático, material de segurança) e ainda restam cair alguns cheques pré data em conta. Conforme pode ser observado o dinheiro existe, permanece aplicado e como foi mencionado anteriormente será utilizado ao longo de cinco anos que é o prazo para nova doação de mercadorias.
Dentro destes cinco anos necessitaremos realizar outros eventos, para manter a instituição, esperamos poder contar sempre com todos que nos ajudaram até agora e com outros mais futuramente.
A APAE é uma instituição FILANTRÓPICA, SEM FINS LUCRATIVOS E  NÃO GOVERNAMENTAL.
Presamos pela transparência de nossos atos e nosso patrimônio, buscamos respeito ao trabalho realizado como causa social.
Agradecemos aos que colaboram conosco, comunidade em geral, comércio.